Instituição detalha e alerta para a inclusão dos fatores psicossociais relacionados ao trabalho na Norma Regulamentadora
A “mudança na Norma Regulamentadora (NR-1) e a inclusão de fatores psicossociais relacionados ao trabalho” foi tema de workshop realizado na noite da última quarta-feira, 30 de abril, pelo SESI/AC. O evento, direcionado a representantes, gestores e colaboradores de empresas parceiras, aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC).
A programação teve como palestrantes Rosemere Bezerra, gerente de Segurança e Saúde para Indústria do SESI/AC; Michel Weider, engenheiro de SST do SESI/AC; e Leonardo Lani, superintendente Regional do Trabalho no Acre. Na abertura do evento, o superintendente do SESI, João César Dotto, destacou que, nos tempos atuais, o bem-estar no ambiente do trabalho se tornou um pilar tão essencial quanto a segurança física.
“Há uma necessidade urgente para construirmos um ambiente de trabalho mais humano e produtivo. As empresas têm um ano para se adaptar à NR-1 e esse período será de educação e adaptação, com o Ministério do Trabalho dando orientações e, o SESI, contribuindo muito nesse momento. Que possamos ter um espaço onde a saúde mental e o bem-estar sejam prioridades”, frisou Dotto.
O presidente da FIEAC e deputado federal, Zé Adriano, prestigiou o workshop e parabenizou o interesse das empresas pelo tema. “Temos que tomar consciência do compromisso com a legislação, sobretudo com a NR-1. Precisamos investir em pessoas e nos preocupar com o laboral, auxiliando de maneira responsável as empresas a trabalharem de forma segura”, salientou.
Em sua palestra, a gerente de SSI do SESI pontuou que a promoção da saúde mental é multifatorial, por isso a instituição, além de oferecer soluções que atendam os requisitos legais das NRs, como a NR1 com a inclusão dos fatores de riscos psicossociais, também oferece serviços de Promoção da Saúde, desde o Centro de Promoção da Saúde, Clínica Odontológica, pista de atletismo, fisioterapia, ginástica laboral, vacinação nas empresas, circuito saúde, dentre outros que contribuem para a saúde física, mental e social do trabalhador.
“De fato, há uma crise mundial de estresse, ansiedade e depressão e que precisa ser tratada. As empresas não podem fechar os olhos para isso, e nós, enquanto SESI, FIEAC e todo o Sistema Indústria, vamos trabalhar ações de prevenção para atenuar esse problema. E é importante frisar que o trabalho é fonte de saúde também e a saúde mental é essencial para um ambiente de trabalho produtivo”, ressaltou Rosemere Bezerra.
Já o superintendente Regional do Trabalho, Leonardo Lani, argumentou, em sua palestra, que embora o prazo de mudanças na NR-1 tenha sido estendido em um ano – até 26 de maio de 2026 –, desde já as empresas serão orientadas nas fiscalizações a se atentarem aos fatores psicossociais relacionados ao trabalho.
“As empresas terão que aferir em seu inventário a existência de riscos ligados à organização da atividade, como ritmo da tarefa, nível de exigência, estabelecimento de metas, participação do empregado na gestão da empresa e outras situações que, se forem mal geridas, poderão causar adoecimento. Os empreendimentos precisam ficar atentos à questão de atestados de saúde ocupacional, pois se houver muitos atestados estresse e síndrome de Burnout, já é um indício de que algo pode estar errado na gestão da empresa”, alertou Lani.
SESI está pronto para auxiliar as empresas com as mudanças na NR-1
O engenheiro de SST do SESI/AC, Michel Weider, especialista em Segurança do Trabalho, apresentou aos participantes a metodologia do SESI para evidenciar a abordagem de fatores de riscos psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho. Ele comentou que a metodologia é uma ferramenta que consiste em coletar, organizar e analisar as informações com o objetivo de reconhecer os fatores de riscos denominados possíveis situações de estresse Organizacional.
“A metodologia do SESI entende que o estresse organizacional surge do desequilíbrio entre demanda, controle e apoio social do outro lado. Se há uma demanda elevada, mas não há controle e apoio social, existe um desequilíbrio e assim surge o estresse organizacional. O SESI está pronto para atender as empresas nesse momento, com toda nossa equipe treinada para avaliar e, posteriormente, se necessário, eliminar ou mitigar esses novos riscos ocupacionais nas empresas”, assinalou Weider.